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Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Deu na Folha: Corretor ligado a doleiro tem vínculo com família Sarney

O corretor Marco Antônio de Campos Ziegert, que acompanhava Alberto Youssef em São Luís (MA) no dia em que o doleiro foi preso, disse que teve como padrinho de casamento o empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).

Relatório da Polícia Federal revelado pela Folha nesta semana mostra que Ziegert deixou na recepção do hotel Luzeiros, no qual se hospedou com Youssef na capital maranhense, uma caixa endereçada a Milton Braga Durans, assessor da Secretaria da Casa Civil do Maranhão desde agosto de 2013, nomeado pela governadora Roseana Sarney (PMDB).
No documento da PF não há descrição sobre a profissão ou a ligação de Ziegert com Youssef, preso sob a acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
À Folha Ziegert afirmou que sua ex-mulher, Liane, é do Maranhão e conviveu na juventude com Fernando: “Eles tinham amizade na época de colégio. Fernando foi padrinho da parte dela porque estudaram juntos, só isso. Nada mais do que isso”.
Ziegert diz que está separado há mais de 15 anos e que, desde então, não tem nenhum contato com o empresário.
Procurado, Fernando Sarney confirmou a amizade de infância com Liane, ex-mulher do corretor, mas disse que nunca estudaram juntos. Ele afirmou que conheceu Ziegert na juventude por meio da antiga amiga: “Há muitos anos que eu não vejo o Marco, há mais de 15, 20 anos”.
Sobre ter sido padrinho do casamento de Ziegert, ele acrescentou: “Sabe que não me lembro? Eu acho que não. Eu não me lembro, não. Faz muitos anos, eu acho que não fui padrinho, não. Eu não sei te afirmar”.
De acordo com o relatório da PF, Ziegert e Youssef chegaram juntos ao hotel Luzeiros, onde o doleiro foi detido no dia 17 de março, na Operação Lava Jato. O relatório mostra que o acompanhante do doleiro deixou uma caixa na recepção endereçada a Milton Braga Durans.
Segundo Ziegert, foi Youssef quem pediu para que a caixa fosse deixada na recepção para o assessor da Casa Civil do Maranhão. Perguntado para quem ele deveria entregar a caixa, respondeu: “Para ninguém, não. Não sei para quem era. Ele mandou eu deixar no nome dessa pessoa”.
AMIZADE
Ziegert diz ser amigo de Alberto Youssef há mais de 20 anos e afirma que ambos estavam em São Luís para tratar de negócios envolvendo um terreno para a construção de um hotel.
Ele disse desconhecer qualquer irregularidade nas atividades do doleiro: “Sabia lá atrás que ele tinha tido uns negócios, mas ele falava sempre que nunca mais ia se meter nisso”.

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