O desembargador Raimundo Melo, do Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão, deferiu
pedidos do Ministério Público e da Polícia Civil, no bojo das operações
“Maharaja” e “Morta Viva”, e autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 7
milhões nas contas do agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan.
Ele
é acusado de integrar, segundo a Justiça, uma “grande organização criminosa”,
formada, ainda, pelos prefeitos de Bacuri, Nixon dos Santos (PMDB), e de Marajá
do Sena, Edvan Costa (PMN); o ex-prefeito de Zé Doca, Raimundo Nonato Sampaio,
o Natim (PSC) e o ex-prefeito de Marajá do Sena, Perachi Farias; e José
Epitácio Muniz, o Cafeteira.
O bloqueio
dos valores ocorreu, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil do
Maranhão, Augusto Barros, por penhora online, em contas de pessoas jurídicas
registradas em nome de Pacovan. Ele não tinha nada em contas pessoais. Além
disso, uma parte do dinheiro foi resgatada na conta de uma funcionária do
agiota.
Outros R$
1,1 milhão foram bloqueados na conta da Linuxell Informática, empresa onde foi
autorizada a busca e apreensão de documentos. Ela é apontada pelo MP e pela
Polícia Civil como uma espécie de “lavanderia” do esquema que atuava nas
prefeituras de Marajá do Sena e Zé Doca.
Os donos da
empresa tentaram desbloquear o valor, alegando que a relação com os
investigados se dá por um ex-sócio, que já não está mais no negócio, mas que,
por erro de um contador, ainda permanece no quadro societário.
Além do
dinheiro, foram apreendidos cheques e veículos em poder dos acusados. Com o
prefeito Edvan Costa foram encontrados, ainda, um revólver calibre 38 e uma
pistola .380. Nesse caso, ele responderá por porte ilegal de arma. O caso será
julgado pelo desembargador Froz Sobrinho.
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